terça-feira, 29 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ensina-me...

Lá fora chove como naquela noite, aquela em que chorei baba e ranho por não puder ir ter contigo. E o que fizeste? Foste ter com ela. Agora olhando para trás, os sinais estavam todos lá, o meu amor por ti é que não deixava ver isso. Fiz figura de parva tanta vez, só para que esse sorriso aparecesse. E para quê? Para outra pessoa com umas simples palavras, conseguir fazer o mesmo? E em consequência disso, fazer com que derrame lágrimas que não tinha noção ter dentro de mim em tanta quantidade...

Sempre quis ter um blog com a pessoa que seria "a tal". Construimos um e vimos o menino crescer a cada dia que passava com textos e declaraçoes que tinhamos uma para a outra. Para quê? Para agora não ser capaz de criar mais nenhum blog com ninguém?
Uma pasta com os nossos textos, com fotos nossas, com pequenos mimos que demos uma á outra. Para quê? Para ser mais uma que tenho que tirar da minha frente, para não desatar a chorar?
A vontade de criar um albúm com fotografias nossas. Para quê? Para olhar para um passado de mentiras?
Uma aliança com o teu nome gravado. Para quê?! Para agora fazer impressão estar sem ela, e quando a volto a por, lágrimas caem em cascata?
Ter o teu perfume. Para quê? Para me lembrar do cheiro que tenho que esquecer?

Não consigo comer em condições, a comida faz questão de querer voltar para trás, como se sentisse a raiva e o nojo que sinto de toda esta situação. Sim, sinto-me enojada, de terem brincado comigo. De saberem o que sentiam e de mesmo assim, me terem metido entre vocês, uma espécie de teste digo eu, a ver quanto tempo é que aguentavam uma sem a outra. Esquecem-se é que eu tenho sentimentos, sinto as coisas com demasiada intensidade, com muita rapidez. Apaixonei-me por ti, feita parva, pensando que as coisas tinham mudado, que ia conseguir fazer-te feliz. Mas lá no fundo, nada tinha mudado e dou por mim agora, apanhada a meio de toda esta confusão, com um buraco no peito onde devia estar o meu coração, mas não está. Ficaste com ele. Não sei o que lhe fizeste, mas ficaste com ele...

Sinto-me um corpo sem alma a vaguear por esta casa, completamente vazia, mas cheia de planos para te ter aqui durante o que seriam os nossos dias juntas. E agora, ensina-me a olhar para a janela e a deixar de me imaginar abraçada a ti a ver as estrelas. Ensina-me a pensar nessa santa terrinha e a esquecer os dias que tive ai. Ensina-me a ser forte e a não desatar na choradeira quando os meus colegas perguntam o que se passou, o que aconteceu ao "André". Ensina-me a deixar de olhar para a cama e a imaginar-te a dormir nela. Ensina-me a ouvir a nossa música, todos os dias, vezes e vezes sem conta, na loja onde trabalho e não sentir vontade de estar contigo. Ensina-me a deixar de gostar de ti, porque não sei fazê-lo...

Lembras-te de dizeres que estavas á deriva e que te amparei quando chegaste a terra? Neste momento, voltaste a entrar na água e estás em alto mar. Não te consigo alcançar por muito que queira. Só posso esperar que te canses e que voltes á beira-mar. Sabes o que te espera quando lá chegares, só não o vais ter, se não quiseres.
[Apenas mais um desabafo, escrito num momento de lágrimas.. o mais provável é nunca mais cá voltares e isto continuar a ser o meu canto de lamúrias, mas enfim...]
L.

terça-feira, 8 de março de 2011

Possivelmente, um dos ultimos posts...

Já sentiram que o chão vos foge debaixo dos pés? Que tudo o que acontece á vossa volta é contra vocês? Que no momento da vossa vida em que pensam que estão a assentar, que vem uma onda de todo o tamanho e vos tira tudo?! Que se vêm sem nada, completamente sozinhos? Que a vossa sanidade mental está a dias de se extinguir, e que a vossa alma parece que procura um novo corpo? Então pronto, eu sinto-me assim. Sinto que me roubaram o que tinha de mais precioso, e que assisti á cena, na primeira fila, assisti ao massacre de a ver deslizar por entre os meus dedos e de se ir aconchegar no colo da outra. Assisti a tudo isso, em sonhos; como se de premonições se tratassem. E isso assusta-me. Assusta-me e muito. Não quero sentir isto. Não quero ter "dons" nem saber o que se vai passar depois. Porque vivo no medo, na constante insegurança de perder as pessoas que amo. E com consciencia ou não, é o que acaba por acontecer. Sejam familiares a necessitar de ajuda, sejam antigos amores a se re-aproximarem. Sejam momentos de carência, sejam músicas que subitamente voltaram a ter significado. Sejam meros aneis, a alianças gravadas. Seja o q for. Doi. Doi e muito. Doi, saber que enquanto fazia planos e estava estarrecida com ideias de momentos entre nós, o passado se interponha e a fazia pensar nisso. Doi saber que enquanto eu pensava nela, ela pensava noutra pessoa. Doi saber que era capaz de tudo por ela, e ela foi capaz de questionar com tanta rapidez o que sente por mim. Questionar não, afirmar. Doi tanto que as lágrimas não param de cair. Doi tanto que o coração quer sair cá para fora. Jurei a mim mesma nunca mais sofrer assim. Até ao dia em que a conheci e tudo voltou a acontecer...

L.

sábado, 5 de março de 2011

Palavras...

Custa a encontrar palavras para descrever o que sinto por ela. Enquanto a menina está no trabalho, ando eu a fingir que vejo o desfile de carnaval pela tv, enquanto escrevo isto e tento exprimir o que vai cá dentro (como se fosse possível). A verdade é que faz hoje 3 meses que nos vimos pela primeira vez. Mal imaginava eu, que tinha a que viria a ser, minha namorada, mesmo á minha frente a falar comigo e a sorrir para mim. Mal imaginava eu, que ela se ia entranhar tanto em mim, que até custaria a respirar, só de pensar na possibilidade de ficar sem ela. Ia lá imaginar que a rapariga que tinha á minha frente, se ia tornar naquela por quem o meu coração ia começar a bater feito maluco; o meu sorriso ia voltar a aparecer e não ia querer sair do meu rosto tão cedo. Ia lá imaginar, que os meus dedos se iam entrelaçar nos dela, que o meu corpo se ia encaixar no seu, que as nossas vidas se iam unir de tal maneira. Que as minhas inseguranças e medos mais "escondidos", iam vir todos ao de cima, fazendo-me chorar "baba e ranho", só com a possibilidade de a perder. Mas é incrível como esses dramas que só existem na minha cabeça, desaparecem por completo, quando oiço a sua voz. Quando me diz que está tudo bem, que são só filmes na minha cabeça, que olhe para o meu anelar direito e que sorria, que vamos conseguir. E aos poucos, vou sendo capaz de esquecer tudo isso e pensar no seu olhar, no seu sorriso que tanto adoro.  Definitivamente, fiquei muito mal habituada com aqueles dias a semana passada, e esta tem custado imenso a passar. Mas o pensamento já está daqui a algum tempo, quando houver possibilidade de estarmos juntas novamente, e de matar saudades. Porque não me consigo cansar de mimá-la, de enchê-la de beijos, de querer tê-la nos meus braços a toda a hora, de me derreter a vê-la dormir (mesmo dizendo coisas que eu não alcanço lol). Resumindo, quero muito tempo a seu lado, como tivemos a semana passada. Muitoooo mesmo.

Quero-te a meu lado, por tempo indefinido.

Adoro-te tanto, namorada @

L.