Há coisas que não mudam

Achas mesmo q era capaz de me esquecer disto, do projecto q sempre quis ter com alguém e q só contigo é q tive essa oportunidade? Esquecer o que vivemos? Esquecer-me de ti? Achas mesmo q sim? Quando soube q tinhas voltado ao estado de solteira, voltei a ter toda a esperança e mais alguma de q fosse comigo q quisesses estar, mas doeu saber q já havia outra pessoa na tua vida. Não me vou fazer de inocente porque também se aproximaram de mim e deixei-me ir. Mas melhor que ninguém, sabes q eu era capaz de tudo para voltar para ti, sabes bem disso e doeu saber que preferiste arriscar por algo novo, por algo que não te prendia ao passado, que não te fazia pensar em mim, nem na tua ex; alguém que apareceu na tua vida de pára-quedas e que ficou. Foi o mais fácil que apareceu no momento, a questão é que o que parece ser o mais fácil no momento, nem sempre o é. Neste momento vivo uma relação complicada devido ao passado da outra pessoa, devido á sua família não aceitar a sua orientação e devido ao facto da nossa (minha/tua) historia nunca ter ficado resolvida de vez. E a questão está ai. Se eu quero q ela fique resolvida? Não te sei responder. Sei que tivemos muito pouco tempo juntas para o que podíamos ter estado, sei que já tiveste muito mais tempo com outra pessoa e eu também, mas prendeste-me a ti de uma maneira, que não te consigo explicar. A meu ver, quando se consegue ver um casamento, um filho a crescer dentro de nós e a cara da parceira ao lado, é daqueles momentos em que a alma “se arrepia” e sabe que encontrou o que procurava desde que nasceu. Como se fosse uma espécie de missão de vida. Se calhar já comecei a me desviar do que queria dizer e isto já não ter nenhum tipo de lógica mas não há-de ser o primeiro texto em que isso vai acontecer (lol)

Resumindo, não és a única que volta a reler o que escrevemos, desde textos aqui, aos textos da capa, a fotos, a prendas, a um peluche em forma de diabo que tive de afastar da vista para tentar afastar do coração, do perfume que tive de tirar de cima da mesa para tentar resistir á tentação de o agarrar todos os dias e tentar sentir-te mais perto; de agarrar na aliança, colocá-la por segundos, e tentar imaginar que nunca tinha saído dali. Das minhas férias estarem praticamente á porta e de na altura em que as escolhi, ter escolhido esta altura para poder estar contigo; e a questão é que vou passá-las sozinha, sem a actual por estar a trabalhar, e sem ti porque tens outra pessoa na tua vida. Dizem que a vida prega-nos partidas. Se o destino nos voltar a juntar, é bom que ela fique quieta porque não quero perder-te mais nenhuma vez. Como já ouvi numa série uma vez, “existem dois tipos de mulheres, aquelas com quem passas umas semanas, meses e até algum ano ou outro e depois há aquela mulher com quem tens todos os planos e mais alguns e queres passar o resto da tua vida”, acho que ambas sabemos o tipo de mulher que somos e que queremos.

Há coisas que não mudam, babe.

L.